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BLOGELLERA

Inteligência artificial: Utopia ou Distopia?



"Os utópicos veem a aurora de uma Superinteligência Artificial (que tem autonomia para criar ideias e coisas) como a fronteira final do desenvolvimento humano, uma oportunidade para expandir nossa própria consciência e conquistar a imortalidade. Ray Kurzweil – futurista e guru-residente do Google – prevê um futuro radical, no qual os seres humanos e as máquinas se fundirão totalmente.


Vamos subir nossas mentes para a nuvem e, constantemente, renovar nosso corpos através de nanorrobôs inteligentes lançados em nossa corrente sanguínea.


Outros pensadores utópicos sobre a Superinteligência Artificial veem algo que nos permitirá decodificar rapidamente os mistérios do universo físico.


O fundador da DeepMind, Demis Jassabis, prevê que a criação dessa superinteligência permitirá que a civilização humana resolva problemas insolúveis, produzindo ideias inconcebíveis para o aquecimento global e doença antes incuráveis. Com computadores superinteligentes que entendem o universo em níveis (ou vieses) que os seres humanos não podem sequer conceber.

Os distópicos, em relação a uma Superinteligência Artificial, não estão preocupados com o domínio dos robôs, como imaginado em filmes.

O problema para eles é que essa superinteligência seria produto da criação humana, não da evolução natural, e, portanto, não teria os instintos de sobrevivência, reprodução ou dominação que motivam os humanos ou os animais.


O medo é de que, se os seres humanos representarem um obstáculo para alcançar qualquer objetivo (reverter o aquecimento global, por exemplo), um agente superinteligente possa apagá-los da face da Terra.

O profundo conhecimento de química física e nanotecnologia permitiria maneiras engenhosas de atingir as metas.

Existem teses (de Stephen Hawking, Elon Musk e Nick Bostron) que apontam para 2040 a criação de uma Superinteligência.

Contudo, uma questão mais urgente se impõe: segundo Kai-Fu-Lee (o criador da inteligência artificial como conhecemos), a civilização em breve enfrentará um tipo de crise bem razoável, induzida pela IA. Uma crise que deve destruir nossos sistemas econômicos, políticos e sociais. E até chegar a questionar o que significa ser humano no século XXI.

Resumindo, é a futura crise de empregos e desigualdade. Nossas capacidades atuais de IA não podem criar (ainda) uma Superinteligência Artificial que destrua nossa civilização. Mas o que Kai-Fu-Lee teme é que nós, seres humanos, possamos ser mais capazes de realizar esta tarefa."

A questão urgente hoje é compreendermos como podemos gerar mais empregos de qualidade para uma grande massa.

E, enquanto isso não é resolvido, uma certeza fica: educação ainda é a melhor solução (para hoje e, principalmente, para o futuro).

Quanto mais a IA avança, mais os empregos de baixa complexidade, manuais e operacionais, vão deixando de existir.

Portanto, o desafio é educar as pessoas de classes mais baixas para que possam obter empregos que os computadores/robôs ainda não têm capacidade de ocupar.

E é sobre uma educação voltada para habilidades humanas que nos fala Renato Vicente (cientista-chefe do Experian Datalab): “Eu aconselho os jovens a estudarem filosofia, a ciência irmã da matemática, para aprimorarmos nossa capacidade de pensamento social. Vamos precisar de pensadores, não de tarefeiros”.

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Um abraço do Ellera

Referência:

Lee, Kai-Fu; Inteligência Artificial; Rio de Janeiro; Globo Livros, 2019. p. 170.






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