Em Sapiens – Uma breve história da humanidade, Yuval Harari aponta um amanhã dominado por uma casta de super-humanos e povoado por bilhões de seres irrelevantes destinados, unicamente, a consumir como se fossem frangos no aviário: monitorados, alimentados, controlados.
“O que acontecerá com o mercado de trabalho quando a inteligência artificial suplantar humanos na maioria das tarefas cognitivas? Qual será o impacto político de uma nova classe massiva de pessoas economicamente inúteis? O que vai acontecer com os relacionamentos, famílias, e os fundos de pensão quando a nanotecnologia e a medicina transformarem os oitenta anos nos novos cinquenta? O que acontecerá quando a biotecnologia permitir ter bebês projetados para abrir abismos sem precedentes entre ricos e pobres?”
Juremir Machado da Silva, 2020
Segundo Harari, os principais produtos do século XXI serão corpos, cérebros e mentes, e o abismo entre os que sabem operar a engenharia das máquinas e os que não sabem será praticamente instransponível. As perguntas de Harari inquietam na medida em que economistas predizem que, cedo ou tarde, humanos não “melhorados” serão completamente inúteis. Eis a terrível questão: “O que vai acontecer quando algoritmos nos suplantarem nas ações de lembrar, analisar e reconhecer padrões e na arte de compor músicas e escrever poemas e de votar?”
Já pensou sobre isso?
E como evitar esse destino para a sua vida?
Arrisco apontar um caminho: estudar e ler o máximo possível, sobre filosofia, sociologia, artes e relações humanas (fora das redes sociais e das plataformas de comunicação massa... por óbvio).
Para começar, deixo três leituras incontornáveis:
Homo Deus, Yuval Harari (esse é assustador, prepare-se).
Um abraço do Ellera
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